A pequena vendedora de fósforos
Fazia muito frio. A neve caía e a noite aproximava-se.
Apenas de todo esse frio e da escuridão, passeava na rua uma rapariga descalça e a cabeça descalça. Um avental já velho levava uma grande quantidade de fósforos, e na mão um pacote. Foi para ela um mau dia. Como não tinha havido compradores, não tinha ganho um único centavo.
Cheia de fome e de frio, a pequena que tinha um aspecto miserável. Pobre rapariga! A neve cobria-lhe os seus longos cabelos loiros, que lhe caíam em graciosos anéis á volta do pescoço.
Sentou-se e curvou-se a um canto, entre duas casas. Cada vez mais o frio trespassava, mas não se sentia com coragem de voltar para casa; fósforos tinham ela, mas dinheiro… nenhum.
As suas mãozinhas estavam roxas de frio. E se acendesse um fósforo para as aquecer? Pegou num fósforo, inflamou friccionando na parede, e pôs – se a aquecer os dedos. Que luz extraordinária! A rapariga tinha impressão de estar sentada diante de um fogão de ferro guarnecido de bolas. O fósforo ardia tão bem.
Enquanto a menina se aquecia, um belo rapaz observava-a pela sua janela. Como era época do natal o menino decidiu dar um presente á menina.
- Olá, estas com frio?
- Olá, sim estou.
- Queres vir passar o natal comigo e com a minha família?
- Eu tenho família.
- Então porque estás sozinha, e não em casa?
- Porque não tenho dinheiro para sustentar a família.
- Não fiques assim, os teus pais não vão ficar chateados.
- Os meus pais não têm dinheiro para comermos, por isso não vou para casa.
- Não fiques assim, anda para a minha casa, eu dou-te algo para comer.
- Obrigada!
Enquanto a menina comia, o menino pediu á mãe para lhe dar dinheiro, pois era ela que sustentava a família. A mãe deu-lhe 50 centavos, e disse para lhe dar uma das prendas dele, que estavam debaixo da árvore. Ele assim o fez, a menina ficou muito feliz. Estavam-se a despedir quando o menino lhe pergunta:
- Como te chamas?
- Chamo-me Mariju.
- E tu?
- Chamo-me Diogo.
A menina até chorou de alegria por voltar a casa com 50 centavos.
FIM
Crescemos
Do quinto para o sexto demos um pulinho- já não somos do quinto, somos do sextinho - 6º 11
Uma turma da Escola EB 23 de Leça da Palmeira
o mundo sempre a girar
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
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